Em nosso dia a dia, é muito comum vermos crianças “banguelas”, ou com as famosas “janelinhas”, não é mesmo? E todo mundo sabe que esse é um acontecimento normal e que ocorre por volta dos 6 ou 7 anos de idade, quando os dentes de leite caem para dar lugar à dentição permanente.
Porém, o que muita gente desconhece é que esse mesmo processo também ocorre com os nossos amigos de quatro patas. E, assim como acontece com os humanos, é algo natural e muito importante tanto para o crescimento quanto para a saúde do organismo animal.
Quer saber mais sobre o assunto para descobrir como ajudar o seu cãozinho a passar por essa fase com mais tranquilidade? Então, continue a leitura deste artigo e confira todas as dicas que preparamos para você!
Como acontece a troca da dentição nos cães?
Ainda que ocorra uma variação de acordo com a raça dos peludos, em média, a linha do tempo funciona da mesma forma para todos os cães: por volta da terceira semana de vida, os dentes de leite começam a despontar, apresentando-se mais branquinhos, pontiagudos e em menor tamanho e quantidade quando comparados aos permanentes que virão a seguir.
Mas, tendo em mente que a idade adulta chega para os nossos amigos de quatro patas mais rapidamente, é normal que os dentes de leite logo sejam substituídos antes do primeiro ano de vida do pet, por volta do 6º ou 7º mês, quando a boca já tem tamanho suficiente para suportar um número maior de dentes.
É importante observar ainda que, embora os dentes de leite demorem apenas alguns meses para cair, a troca da dentição em si ocorre de forma gradual, levando uma média de dois meses para que a arcada dentária definitiva esteja completa, somando 42 dentes de tamanho maior do que os decíduos, com mais brilho e uma tonalidade mais amarelada, semelhante à do marfim.
Como é possível facilitar esse processo?
Quando a troca da dentição ocorre de forma tranquila, é comum que o tutor encontre alguns dentes de leite caídos pelo chão da casa ou que eles terminem sendo engolidos pelos pets durante a alimentação. Mas não há com que se preocupar, já que esse tipo de “acidente” não causa nenhum mal à digestão do bichinho, ok?
Por outro lado, existem alguns pets que podem sofrer um pouco mais com esse processo, apresentando sintomas como:
- mudanças de comportamento;
- falta de apetite;
- sensibilidade, coceira ou dor.
Nesse período, é comum que o seu aumigo rejeite alimentos mais duros e procure outras possibilidades, como sofás, almofadas e outros móveis da casa, causando prejuízos aos donos da casa ao estragar a mobília. Por isso, é muito importante saber como lidar com essas situações para não deixar que esse momento da troca dos dentes acabe se tornando algo problemático e motivo de estresse tanto para os pets quanto para os seus tutores.
Aqui, uma boa sugestão é oferecer brinquedos específicos para essa etapa da vida. Feitos em materiais mais macios, como tecido, plástico ou borracha, eles acabam realizando uma dupla função: distrair o filhote e aliviar o desconforto causado pela coceira na gengiva.
Caso o cãozinho esteja com dificuldades para mastigar, outra dica interessante é utilizar o processador de alimentos para triturar a ração ou, ainda, misturá-la com água ou com a comida úmida, facilitando o consumo. Evite, também, dar biscoitos ou snacks que exijam um esforço maior na mastigação e podem acabar machucando o pet ao invés de proporcionar um momento agradável.
Por fim, a escovação também deve fazer parte da rotina do seu pet. Aqui, é importante acostumá-lo desde cedo a ter os dentes escovados pelo menos duas vezes por semana. Dessa forma, é possível evitar o acúmulo de tártaro e o surgimento de problemas dentários em todas as fases da vida, mantendo a saúde bucal do seu aumigão.
Quando é necessário procurar ajuda?
Durante a troca de dentes, além dos sintomas que apresentamos no tópico anterior, alguns peludos ainda podem apresentar febre, mau hálito, além de inflamações e sangramento na gengiva. Nesses casos, a orientação é levá-los ao veterinário para que ele possa avaliar o caso e oferecer a solução mais indicada.
Outra situação que exige o auxílio de um profissional é quando os dentes de leite não caem mesmo com o surgimento dos permanentes, fazendo com que o pet fique com uma dentição dupla. É um caso bastante comum em raças de pequeno porte, como maltês, yorkshire e lhasa apso, mas que pode acabar trazendo problemas como o acúmulo de tártaro ou, até mesmo, o desvio da mordedura.
Para solucionar o problema, o mais indicado é buscar um especialista em odontologia veterinária que poderá realizar a extração dos dentes de leite para garantir a saúde bucal do seu amigo de quatro de patas, trazendo mais bem-estar e qualidade de vida ao dia a dia do cãozinho.
É importante observar, ainda, que os dentes de leite não devem ser arrancados, mesmo se eles já estiverem moles. A orientação dos veterinários é deixar que eles caiam de forma natural, de acordo com o tempo — e o organismo — de cada animal. E, tendo em mente que esse é um momento diferente na vida do seu animalzinho de estimação, é normal que ele se mostre um pouco confuso e incomodado com a situação, e queira ficar mais próximo do “seu humano”. Por isso, lembre-se de mantê-lo sempre confortável e rodeado de carinho!
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