Os cachorros são conhecidos, geralmente, por serem ótimas companhias para o ser humano, sendo parceiros, divertidos e sempre dispostos a participar de alguma brincadeira ou ganhar um carinho.
No entanto, existem alguns cães que fogem à regra e apresentam comportamentos agressivos que podem dificultar o relacionamento com os seus tutores, gerando momentos de estresse e, em alguns casos, representando um perigo para aqueles que vivem à sua volta. Mas, existe explicação para que alguns pets acabem desenvolvendo uma postura hostil? O que fazer nessas situações?
Pensando nessas questões, preparamos esse post com algumas razões que justificam o comportamento agressivo dos cachorros, dicas de como lidar com esse problema, além de listar raças fáceis de serem adestradas para que você descubra um pouco mais sobre a personalidade dos pets e tenha bons momentos de convivência e tranquilidade no dia a dia com o seu amigo de quatro patas. Boa leitura!
Por que os cães se tornam agressivos?
Existem diversas causas que podem influenciar o desenvolvimento de comportamentos mais violentos nos cães, como fatores genéticos, ambientais, estado de saúde, idade, ou mesmo condições reprodutivas, de socialização ou de aprendizagem. Podemos citar como as principais razões:
- necessidade de autodefesa por medo ou maus tratos;
- dor;
- solidão e tristeza;
- privação de água ou alimento;
- proteção do território ou de filhotes;
- distúrbios hormonais;
- adestramento inadequado.
Tais razões são mais do que suficientes para despertar reações hostis mesmo nos animais mais tranquilos e dóceis. Por outro lado, raças desenvolvidas artificialmente ao longo das décadas, criadas com o intuito de proteger e lutar, apresentando níveis elevados de agressividade como os pitbulls, rottweilers, pastores alemães ou filas, podem se tornar bastante pacíficos e brincalhões.
Aqui, o truque é se atentar às diferentes situações e conhecer o perfil do seu aumigo para identificar reações atípicas e saber como agir em cada caso.
Como identificar sinais de agressividade?
Quando algo não vai bem conosco e estamos irritados, tristes ou com medo, demonstramos isso não apenas por meio da fala, mas também de nossa linguagem corporal. Os cachorros seguem essa mesma dinâmica, já que não possuem a possibilidade de se comunicar por meio das palavras.
Sendo assim, é possível perceber os sinais de alerta dados por nossos aumigos quando estão desconfortáveis com alguma situação. E, embora muitos associem esse aviso à mordida, é importante desmistificar essa questão já que, em muitos casos, os cães só utilizam essa forma de ataque como último recurso.
Para que você compreenda melhor o comportamento canino sob ameaça, vamos imaginar a seguinte situação: seu pet se encontra frente a um cenário que parece intimidador — uma pessoa desconhecida ou outro animal que provoque seus instintos, por exemplo. Antes de investir em um ataque, o seu aumigo vai apresentar alguns indícios de acordo com a sequência abaixo:
- o seu cão boceja ou lambe o nariz com frequência;
- ele afasta o focinho ou vira a cabeça para o lado;
- o pet se senta, vira o corpo na direção contrária e, em seguida, se afasta;
- ele rasteja, com as orelhas para trás e se mantém agachado, com o rabo também para baixo;
- por fim, ele eleva as patas anteriores, deixa a postura ereta e o olhar fixo no motivo da ameaça;
- rosna e ameaça que vai morder.
Somente após essa sequência de sinais, caso o motivo de seu desconforto não se afaste ou caso o tutor não interfira, o cão efetivamente recorre à mordida.
Como lidar com esse problema?
Quando o seu pet demonstrar qualquer sinal de agressividade, embora possa assustar à primeira vista, tente se manter tranquilo. Fique imóvel e não faça movimentos bruscos, pois qualquer sinal de medo pode ser entendido pelo seu cão como ameaça.
Tente identificar o deixou o seu amigo incomodado, mas não brigue para não deixá-lo ainda mais assustado ou fazer com que ele se volte contra você.
Nesses casos, a melhor alternativa é consultar especialistas em comportamento canino que saberão como orientá-lo e como corrigir os episódios agressivos sem traumas ou estresse. Um veterinário poderá descartar a possibilidade de doenças hormonais e aplicar o tratamento necessário.
Já um adestrador poderá aplicar as técnicas mais indicadas para cada situação e de acordo com o perfil do seu cãozinho, fazendo com que ele atenda aos comandos do dono e corresponda a orientações de obediência básica.
No entanto, é importante ressaltar essas medidas não representam uma cura milagrosa para a agressividade do cão, mas permitem que você consiga controlar os comportamentos inadequados do seu pet, evitando que ele possa machucar outras pessoas, animais ou a si próprio.
Quais são as raças mais fáceis de adestrar?
É importante ressaltar, também, que existem sim algumas raças menos propensas a episódios agressivos e que podem ser adestradas mais facilmente. Entre essas espécies, podemos destacar:
- border collie, que adora aprender e figura entre as raças caninas mais obedientes;
- poodle, o mais inteligente dos cães de pequeno porte;
- golden retriever, que costuma ser bastante sociável com humanos e outros cães;
- labrador, que dá um show de simpatia e sempre busca agradar os donos.
Por fim, se o seu cãozinho apresentar sinais de agressividade, ou se você adotar um pet que já possua um temperamento mais complexo, o segredo é ir com calma e, de modo algum, repreendê-lo de forma violenta. Isso apenas vai trazer mais problemas e pode gerar situações de grande estresse, tanto para você quanto para o seu bichinho.
Lembre-se das informações que trouxemos neste artigo, busque o apoio de profissionais como veterinários e adestradores, e trate o seu aumigo sempre com muito amor e carinho, compreendendo as suas necessidades e conquistando a sua confiança para, assim, descobrir as razões da agressividade e lidar com o problema com mais tranquilidade.
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