A saúde e o bem-estar dos nossos amigos do reino animal é uma das principais prioridades de quem assume a tutela de um pet, não é mesmo? E, para que esse objetivo seja conquistado no dia a dia, além de seguir as orientações do profissional veterinário, é importante estar bem informado!
Pensando nisso, decidimos falar neste artigo sobre uma doença que representa um grave risco à vida dos nossos cães: a dirofilariose.
Então, não deixe de ler esse conteúdo para saber mais sobre esse tipo de zoonose, descobrir como ela se manifesta nos pets e, principalmente, como ela pode ser evitada, e mantenha o seu bichinho sempre saudável. Confira!
O que é a dirofilariose e como diagnosticá-la?
Conhecida popularmente como doença do “verme do coração”, a dirofilariose canina é uma grave enfermidade que ataca o sistema cardiopulmonar e pode acometer tanto os cachorros silvestres quanto os pets caseiros, independentemente de raça ou faixa etária.
Esse problema é causado pelo parasita Dirofilaria immitis que, quando atinge a sua fase adulta, se aloja no coração dos cães, podendo levá-los a óbito caso não seja diagnosticado a tempo. Entre os principais sintomas apresentados pelos pets, podemos destacar:
- tosse crônica;
- dispneia (respiração acelerada e curta);
- intolerância a exercícios;
- fraqueza;
- perda de peso;
- e, nos casos mais graves, edemas, ascite e síncope.
É importante destacar que a dirofilariose é uma doença silenciosa, podendo levar meses para chegar à corrente sanguínea e, a partir daí, atacar o coração. Ainda assim, existem diversos exames que podem identificar o parasita a tempo.
Nesse caso, o médico veterinário pode chegar a um diagnóstico definitivo por meio das seguintes análises:
- hemograma;
- bioquímica sérica;
- urinálise;
- radiografias torácicas;
- ecocardiograma;
- teste de Elisa e método Knott (ambos realizados a partir do exame de sangue).
Com os resultados em mãos, é possível investir em um tratamento intensivo para eliminar os parasitas e recuperar a saúde do seu amigo de quatro patas o mais rápido possível.
Nesse momento, você pode se perguntar: mesmo tendo todos os cuidados necessários com a higiene do meu cãozinho, e levando-o ao veterinário regularmente, ele ainda correrá risco de contrair a doença? Infelizmente, nesse caso, a resposta é afirmativa. E, a seguir, vamos tirar as dúvidas sobre o assunto. Continue a leitura!
Como os cães contraem a doença?
O Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya em nós humanos, também é o portador do parasita causador da dirofilariose nos cães, juntamente às espécies do gênero Culex e Ochlerotatus.
Para que você compreenda melhor como ocorre a infecção, vamos apresentar a seguir o ciclo de transmissão. Confira:
Fase 1
Tudo começa quando o mosquito pica um hospedeiro infectado e ingere as microfilárias presentes no sangue do animal.
Fase 2
A partir daí, as larvas se desenvolvem no organismo do mosquito e, num tempo médio de duas semanas, migra para o tórax e para o aparelho picador;
Fase 3
Quando o mosquito pica o cão saudável, as larvas do Dirofilaria immitis permanecem no tecido subcutâneo e muscular por um período de 3 a 4 dias.
Fase 4
Por fim, já adultos e com uma média de 100 dias no corpo do cãozinho, os parasitas finalmente chegam ao coração e às artérias pulmonares. Ali, acasalam-se e liberam novas larvas no organismo canino.
Como apontamos no tópico anterior, é somente a partir daí que a doença pode ser diagnosticada e devidamente tratada, como você poderá conferir logo abaixo.
Existe um tratamento para a dirofilariose?
Sim! Quando diagnosticada a tempo, a doença pode ser curada sem deixar sequelas para o seu aumigo.
Geralmente, são ministrados medicamentos adulticidas — que eliminam as larvas adultas — e microfilaricidas, responsáveis por limpar o organismo dos parasitas mais novos. No caso de síndrome caval, que causa a obstrução da veia cava, pode ser necessária uma cirurgia para promover a remoção dos vermes adultos e o reestabelecimento do fluxo do sangue no local.
Mas, para que qualquer um desses procedimentos obtenha os resultados desejados, é importante que o seu pet esteja em boas condições físicas, já que os medicamentos utilizados podem causar alguns efeitos adversos, como embolia.
Como prevenir esse mal?
Como vimos, a dirofilariose é uma doença extremamente grave para os cães e, para evitar o estresse e o sofrimento do seu animalzinho, a melhor recomendação ainda é a prevenção.
Atualmente, é possível encontrar produtos que combatem os mosquitos especialmente desenvolvidos para os pets, e em formatos diferenciados: são coleiras antiparasitárias, repelentes para a casa, além de comprimidos ou pipetas para aplicação de produtos na pele do cão.
E, para evitar focos do mosquito em sua casa, aqui vale o mesmo alerta divulgado para o combate à dengue: evite deixar água parada e acumulada em locais como vasos de plantas, garrafas, piscinas ou mesmo nos potinhos do seu amigo de quatro patas. Dessa forma, você já contribui bastante para afastar os insetos transmissores e impedir que eles ataquem o seu pet.
Além disso, se o seu cãozinho apresentar qualquer um dos sintomas que listamos no tópico sobre o que é a dirofilariose e como diagnosticá-la, não deixe de procurar a ajuda de um médico veterinário de confiança! Ele poderá solicitar e realizar os exames necessários e, a partir daí, apresentar um diagnóstico preciso, seguido das orientações para que o tratamento da doença alcance bons resultados. Afinal, todos os animais de estimação merecem ter uma vida saudável e repleta de todos os cuidados e de bem-estar para manter uma rotina tranquila e feliz!
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