Boa parte dos produtos que consumimos hoje em dia e que encontramos nas prateleiras dos diversos supermercados têm conservantes em suas fórmulas. E quando falamos mais especificamente dos alimentos para animais de estimação, a lógica não é diferente.

Independentemente dos ingredientes utilizados pelos fabricantes, as rações contam com diversos elementos que podem se deteriorar e perder as suas propriedades originais com o passar do tempo. Como forma de contornar essa característica de perecibilidade, os conservantes entram em cena para garantir que os produtos tenham uma maior durabilidade.

Porém, é nesse ponto que pode surgir a dúvida: será que esses diversos aditivos inseridos pelas fábricas podem de fato prejudicar a saúde dos nossos queridos cães e gatos? Quais são as alternativas oferecidas pelo mercado aos conservantes sintéticos?

Para conferir a resposta para essas e outras dúvidas, continue a leitura deste conteúdo! Vamos falar um pouco mais sobre os efeitos dos conservantes nos alimentos veterinários e dar dicas de como escolher o melhor produto para manter o seu pet sempre bem alimentado, saudável e feliz. Confira!

Qual é a ação dos conservantes sintéticos?

Ao olhar com um pouco mais de atenção as informações impressas nas embalagens, é possível perceber uma série de siglas e nomes de substâncias químicas nas tabelas nutricionais e de ingredientes. Entre essas siglas, podemos destacar a dupla BHT e BHA, conservantes artificiais extraídos de um subproduto do petróleo, o phenol, e que estão presentes em diversas categorias de produtos, como medicamentos, cosméticos, maquiagens, além de alimentos para humanos e nas rações desenvolvidas para os pets.

De forma resumida, podemos descrever a ação dessas substâncias da seguinte forma: para que os nutrientes presentes nos alimentos industrializados possam ser devidamente ingeridos, digeridos e absorvidos pelo organismo, as empresas utilizam uma série de aditivos. Esses compostos não têm valor nutritivo, mas ajudam a balancear os nutrientes e retardam o processo de degradação do produto final.

Dessa forma, os conservantes como o BHT e o BHA, também conhecidos como antioxidantes, formam uma camada protetora dos óleos e gorduras dos alimentos, evitando que eles fiquem com aspecto rançoso e apresentem alterações na textura, no odor e no sabor originais.

Como esses compostos artificiais podem prejudicar a saúde dos nossos pets?

Aqui no Brasil, todas as substâncias sintéticas utilizadas pela indústria alimentícia devem passar primeiramente pelo controle do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura. Nesse caso, os órgãos responsáveis têm a função de fiscalizar as concentrações utilizadas em cada produto, além de definir os parâmetros para o uso de determinados aditivos pelas empresas.

No caso do BHT e do BHA, ambos são regulamentados pela Food and Drug Administration (FDA), a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. De acordo com o departamento, a recomendação é que a presença desses conservantes nos alimentos seja inferior a 200 ppm de teor de gordura ou óleo, garantindo sua eficácia na conservação sem comprometer a segurança no consumo. Por outro lado, alguns estudos apontam que o uso dos conservantes pode sim trazer prejuízos ao organismo.

Falando especificamente da alimentação animal, os resultados das pesquisas de diferentes especialistas apontam que o consumo contínuo de produtos que têm em sua formulação compostos sintéticos pode induzir modificações do DNA. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), tais mudanças podem, por sua vez, desencadear uma mutagênese, dando origem a genes cancerígenos.

Outra preocupação da comunidade veterinária é o potencial que esses compostos sintéticos têm de causar diferentes complicações, como:

• reações alérgicas sem explicação aparente;
• disfunções nos rins;
• aumento dos níveis de colesterol;
• problemas na absorção das vitaminas A e D.

A boa notícia é que, mesmo com esse cenário aparentemente negativo, já existem diversas alternativas mais naturais e sustentáveis para garantir a conservação das rações e outros alimentos sem prejudicar a saúde dos nossos amigos peludos. E é sobre isso que falaremos no tópico a seguir. Acompanhe para saber mais!

Que alternativas aos conservantes artificiais já são oferecidas pelo mercado de alimentos?

Com o aumento gradativo da busca por opções mais saudáveis no mercado de alimentos — tanto para os humanos quanto para a nutrição animal —, empresas de diversos países do mundo têm investido cada vez mais em soluções capazes de atender a essa nova demanda.

Por meio de pesquisas constantes e da utilização de compostos orgânicos diferenciados, as indústrias têm chegado a resultados positivos na descoberta de conservantes que sejam seguros e garantam o prazo de validade de alimentos balanceados com mais qualidade.

Hoje em dia, já é possível encontrar um bom número de soluções altamente eficazes desenvolvidas a partir de extratos naturais, como alecrim, chá verde, acerola e hortelã. Além de não agredir o meio ambiente, esses compostos asseguram mais proteção e ajudam a estabilizar os agentes oxidantes, mantendo o frescor e conservando a qualidade nutricional e a palatabilidade dos alimentos destinados a cães e gatos.

Embora o uso dos antioxidantes sintéticos ainda seja bastante comum, sua utilização vem sendo cada vez mais discutida e a sua substituição por alternativas mais naturais tem se tornado uma busca recorrente em prol da preservação da saúde animal.

Então, para garantir sempre a melhor alimentação para o seu amigo de quatro patas, a dica é ficar de olho nas informações dos rótulos e das embalagens dos produtos para o seu pet e dar preferência às marcas que já estão trabalhando com soluções e novas fórmulas mais orgânicas para assegurar a qualidade de vida e o bem-estar dos nossos pets!

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