Doar sangue é um verdadeiro ato de amor, solidariedade e cidadania. É uma oportunidade incrível de ajudar o próximo e salvar vidas, transformando o destino de outras pessoas de uma forma direta e muito significativa.
E sabe o que é mais bacana? Os nossos pets também podem participar dessa boa ação e doar sangue para outros animaizinhos que estejam precisando. Aliás, historicamente falando, a transfusão de sangue com doadores do reino animal data de 1665, anos antes do primeiro procedimento realizado entre humanos.
Interessante, não é mesmo? Então, que aproveite para ficar ainda mais bem informado sobre o assunto! Neste conteúdo, vamos falar sobre a importância de doar sangue, explicar como a medida é realizada no meio veterinário, além de listar algumas das principais exigências para que o seu cão ou gatinho possa participar dessa ação.
Boa leitura!
Por que é importante doar sangue?
Assim como acontece com os hospitais para humanos, as clínicas veterinárias também precisam frequentemente de voluntários que possam contribuir com o seu banco de sangue. Dessa forma, os pets que necessitam de uma transfusão de emergência podem ter um atendimento imediato e com maiores chances de sucesso.
Por isso, é essencial que os tutores conheçam plenamente as condições de saúde de seus aumigos ou bichanos e estejam dispostos a levá-los para realizar doações periodicamente.
Como funciona o procedimento?
O processo de doação de sangue para os pets é simples e muito parecido com o dos humanos. Primeiramente, o tutor deve cadastrar o pet em um banco de sangue, fornecendo dados sobre a sua saúde e a sua condição física.
No momento da doação, caso o pet demonstre medo, desconforto ou não consiga permanecer quietinho por muito tempo, é possível aplicar um sedativo bem leve, só para tranquilizá-lo. A seguir, o veterinário faz um acesso venoso — no pescoço ou nos membros — e transfere o sangue para uma bolsa que fica em constante movimento, para que o material retirado não coagule.
No caso dos cães, é retirada uma média de 450 ml de sangue, enquanto nos gatos o volume vai de 20 a 40 ml. Mas os tutores não precisam ficar preocupados, pois a doação é indolor e o processo todo leva cerca de 15 minutinhos, podendo ser repetido a cada 3 meses.
Quais são as regras para que meu pet possa doar sangue?
Para que a doação de sangue seja possível, existem algumas regras gerais que devem ser atendidas tanto pelos cães quanto pelos gatos. Sendo assim, o seu pet:
- precisa estar saudável;
- deve ter entre 1 e 8 anos;
- deve ser vacinado e desparasitado;
- não pode apresentar um quadro de obesidade;
- não deve ter recebido transfusão de sangue;
- não pode tomar qualquer medicamentos, exceto desparasitantes;
- não pode apresentar sopro cardíaco;
- não deve ter doenças infecciosas ou histórico de enfermidades graves;
- se for uma fêmea, não deve estar no cio ou esperando filhotes.
Além disso, existem algumas orientações mais específicas para cada espécie: os cães devem ter um peso entre 25 e 30 kg, no mínimo, e apresentar resultado negativo para a doença do carrapato.
Já para os gatos, a lista de cuidados é um pouquinho mais extensa. Os bichanos devem pesar, no mínimo, entre 3,5 e 5 kg, ter uma criação totalmente indoor, serem alimentos apenas com ração e não ter um diagnóstico de imunodeficiência (FIV) ou leucemia (FeLV) felina.
Se estiver tudo ok com a saúde do pet doador, a única orientação é que ele permaneça em um jejum de pelo menos 4 horas antes da doação. Após a coleta, o próprio banco de sangue fornece alguns petiscos, comidinhas e ração para que o bichinho não fique fraco e possa voltar mais tranquilo para casa.
Meu animalzinho pode ter alguma complicação no processo?
Essa é uma dúvida bastante frequente entre os tutores, mas não há com que se preocupar. É normal que o seu peludinho se sinta um pouco enfraquecido e fique mais quietinho nas primeiras 24 horas, mas logo após esse período tudo já volta ao normal.
O importante é deixá-lo descansar bastante e não economizar nos carinhos para que ele se sinta acolhido e confortável depois da boa ação.
E, caso haja qualquer complicação no momento da doação de sangue (o que é bastante raro), os veterinários responsáveis estarão prontos para atender o pet imediatamente.
Onde doar?
Depois de saber mais sobre a importância de levar o seu cachorrinho ou amigo felino para doar sangue e como funciona o procedimento, é hora de descobrir como colocar esse plano em prática.
O primeiro passo é verificar, junto ao seu veterinário de confiança, os bancos de sangue existentes na sua cidade, ou pesquisar o hospital ou clínica veterinária mais próximos de você. Tudo muito simples e prático!
É importante observar que, além de ajudar outros bichinhos os pets doadores também garantem bons benefícios pois, para garantir que o gato ou o cãozinho estão em perfeitas condições, é realizado um check-up completo e gratuito com os seguintes exames:
- hemograma completo;
- contagem de plaquetas;
- ureia e creatinina;
- leishmaniose e dirofilariose;
- brucelose;
- erliquiose, babesiose, febre maculosa e doença de Lyme (todas transmitidas pelo carrapato);
- FIV, FeLV e micoplasmose (exclusivas dos gatos).
E então, pronto garantir uma carteirinha de doador de sangue para o seu bichinho de estimação?
Como você viu nesse conteúdo, a doação é um procedimento simples, mas que pode ajudar a salvar as vidas de muitos bichinhos e garantir que eles possam ter dias mais saudáveis e felizes!
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