Nós sabemos que os cãezinhos mais peludos estão entre os campeões de fofura e costumam chamar bastante atenção, principalmente durante os seus passeios. Não é à toa que, com frequência, os tutores desses pets são questionados sobre os cuidados necessários para deixar a pelagem bonita e brilhante, bem como a necessidade de manter essa proteção mesmo em um país tão quente como o nosso.
A partir daí, surge uma dúvida que é digna de uma peça do dramaturgo inglês William Shakespeare: tosar ou não tosar? Eis a questão!
Nesse quesito, a verdade é que ainda existem muitas divergências, mesmo entre os especialistas no assunto. Pensando nisso, vamos trazer neste conteúdo algumas razões pelas quais tosar o seu pet pode ser algo positivo, apresentar os casos em que essa prática não é necessária — nem recomendada —, além de desmistificar alguns dos principais mitos em torno do assunto.
E, para finalizar, vamos dar algumas dicas práticas com cuidados importantes para a pelagem do seu AUmigo, independentemente da estação do ano. Continue a leitura para ficar bem informado!
Em quais casos a tosa pode não ser uma boa ideia?
Algumas raças como Chow Chow, Golden Retriever, Labrador e São Bernardo possuem uma camada dupla de pelos: o principal, que é mais longo e tende a ser mais grosso, e o subpelo, que fica junto à pele, é mais curtinho e mais macio. Essa soma de fatores é o que dá a esses cães essa aparência mais felpuda, no entando, não é a responsável por fazer com que eles sintam mais ou menos calor do que os pets de pelagem mais curtinha.
De forma resumida, podemos dizer que a pelagem dupla, como o próprio nome indica, exerce uma dupla função: ela mantém o cachorro mais aquecido durante as estações mais frias e também funciona como um isolante térmico quando a temperatura dos termômetros começa a subir, protegendo a pele do animal do excesso de exposição aos raios solares.
Assim, ainda que a tosa não traga malefícios diretos à saúde do bichinho, é importante destacar que essa prática pode trazer outras questões preocupantes, como:
- complicações desse equilíbrio interno de temperaturas do organismo;
- desenvolvimento de problemas dermatológicos, como a alopecia (ausência de crescimento de pelo);
- alterações na textura da camada superior dos pelos, tornando-os mais suscetíveis à formação de nós.
Quando a tosa é feita de forma incorreta, os pelos superiores e os subpelos crescem de forma desigual, com menos vitalidade, podendo sofrer com o aparecimento de fungos ou bactérias. Além disso, ao serem constantemente “pelados”, muitos pets podem apresentar problemas de comportamento, ficando mais ansiosos, agitados, irritadiços e, em alguns casos, bastante tristes, sem querer comer ou passear.
E quando é correto tosar o pelo do seu pet?
Aqui entram em cena os Yorkshires, os Malteses, os Poodles e os Bichon Frisées. Todas essas raças têm em comum a pelagem simples, que cresce de forma constante e pode ser tosada sem o risco de prejudicar a saúde e o bem-estar dos cães.
Nesses casos, inclusive, uma tosa ocasional é importante para evitar que os pelos invadam a região dos olhos, causando complicações que vão de irritações a lesões oculares no futuro, ou que cresçam muito na região das patinhas, fazendo com que o pet escorregue e acabe se machucando de forma mais séria. Por fim, caso o tutor observe um acúmulo de sujeira, a tosa higiênica também é recomendada.
No entanto, é sempre importante evitar os cortes muito radicais para evitar que a camada de pelo mais próxima à pele canina corra o risco de ser machucada ou fique excessivamente exposta às intempéries como o sol ou o vento. Outra recomendação é que a tosa seja realizada nas estações com temperaturas mais amenas, facilitando o processo de adaptação dos pets.
Algumas dicas práticas para cuidar bem do seu cãozinho peludo
Agora que já apresentamos os casos em que a tosa se mostra desnecessária e quando essa prática pode ser recomendada sem medo, vamos dar algumas dicas interessantes — e muito simples — de como manter os pelos do seu AUmigo saudáveis, macios e brilhantes. Veja a seguir:
- escove a pelagem do seu pet, preferencialmente, uma vez por semana;
- escolha uma escova de pinos que não agrida os pelos;
- utilize uma rasqueadeira para remover pelos e células mortas;
- para os dias de muito calor, invista em uma caminha fabricada com materiais frios e ofereça água sempre limpa e fresca.
Além desses cuidados, é importante que os tutores não escovem seus amigos caninos na época de troca de pelos — aqui, a dica é utilizar somente os pentes para evitar a formação de nós —, e não levem seus bichinhos para tomar banho mais de uma vez por semana, já que os produtos de higiene removem a gordura do pelo, retirando a sua proteção natural.
Mas, se depois de ler este conteúdo você ainda estiver em dúvida se deve ou não tosar o seu cãozinho, temos aqui uma sugestão extra: procure um profissional veterinário especializado para avaliar as características da pelagem do seu pet. A partir daí, é possível descobrir um pouco mais sobre a textura e a estrutura desses fios e identificar as necessidades caso a caso.
E lembre-se: coloque o ponto de vista prático à frente do lado estético e valorize sempre a saúde e o bem-estar do seu amigo de quatro patas. Assim, é possível evitar a exposição dos pets a riscos desnecessários e garantir que ele se mantenha mais confortável e feliz!
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