Todos os nossos amigos caninos, independentemente de qual é a sua raça, o seu tamanho ou o seu peso, têm duas características em comum que são muito relevantes em seu dia a dia: a audição e o faro extremamente apurados. Por isso é importante cuidar da limpeza dos ouvidos e da saúde auditiva para garantir o bem-estar dos nossos amigos de quatro patas.
No entanto, assim como acontece com os seres humanos, quando os pets vão chegando à terceira idade, por volta dos sete ou oito anos de idade, esses sentidos passam a não funcionar tão bem como antes. Por outro lado, se o seu cãozinho ainda não chegou à fase idosa, mas já está dando sinais de que não está escutando bem, é possível que algo esteja errado com a sua saúde auditiva.
Neste conteúdo, vamos falar um pouco mais sobre os motivos que podem levar à surdez do seu animal de estimação, como identificar esses sintomas e o que fazer para resolver o problema. Continue a leitura e saiba como cuidar ainda melhor do bem-estar do seu peludo!
Que sinais indicam que a audição do seu pet não vai bem?
Em primeiro lugar, é importante destacarmos que a surdez dos peludos não acontece de uma hora para outra. É um processo bastante gradual e que pode ser notado por meio da observação de algumas mudanças nos hábitos de rotina do pet.
Entre as principais atitudes adotadas pelos cachorros nesse caso, podemos listar:
- indiferença aos diferentes tipos de som que ocorrem fora do campo de visão: desde o chamado do tutor a outros barulhos que normalmente chamariam a atenção do pet;
- agressividade e sobressaltos quando alguém se aproxima, mesmo para fazer carinhos;
- agitação ou o menear frequente da cabeça;
- excesso de latidos sem qualquer motivo aparente;
- tempo excessivo de sono;
- coceira frequente na região das orelhas — que, em caso de inflamação, também podem apresentar mau cheiro, causar dor e desconforto.
Ao identificar qualquer um desses sinais, o mais recomendado é buscar, imediatamente, o suporte de um profissional especializado em medicina veterinária para examinar o seu peludo e apresentar um diagnóstico completo. Quanto antes a causa for identificada, mais fácil será encontrar um possível tratamento.
Uma dica interessante é fazer testes esporádicos com o seu cãozinho, independentemente da faixa etária em que ele se encontra. Você pode selecionar um objeto com um som incomum do dia a dia, como um brinquedo novo ou um apito, e acioná-lo fora do campo de visão do animal para que ele busque a origem do barulho.
Dependendo da resposta ao estímulo, é possível desconfiar se algo não está bem na saúde auditiva do seu pet. Experimente!
Quais são os principais motivos que podem causar a surdez nos cães?
Se o seu cãozinho é plenamente saudável e, com o passar dos anos, passa a apresentar dificuldades de audição, é possível que essa deficiência seja apenas um dos sinais de que ele chegou à terceira idade e precisa de uma atenção especial para se adaptar a esse momento da vida.
Ainda assim, independentemente desse aspecto, é sempre importante investigar o que levou à surdez — seja ela parcial ou total. Neste tópico, vamos listar alguns dos principais motivos que podem ser os causadores dessa condição:
- infecções causadas por fungos ou bactérias;
- infecções virais, como a cinomose;
- uso de determinados antibióticos por longos períodos;
- acidentes ou traumas capazes de lesionar nervos.
Além disso, existem determinadas raças que têm uma propensão maior ao desenvolvimento de complicações auditivas, transmitindo essa característica geneticamente, como Akitas, Dálmatas, Boston Terriers, Bull Terriers, Collies, Poodles, Malteses e cães albinos.
Como cuidar melhor do seu AUmigo após um diagnóstico de surdez?
Assim como acontece com os seres humanos, qualquer problema que prejudique a capacidade auditiva dos nossos peludos exige todo um processo de adaptação que pode levar mais ou menos tempo, de acordo com cada caso.
Por isso, ainda que essa condição não faça com que o seu pet se torne menos independente, é papel essencial dos tutores fazer com o que o processo para se adequar à nova realidade de forma mais tranquila e sem traumas.
A seguir, listamos algumas dicas que podem fazer toda a diferença:
- descubra novas formas de se comunicar com o seu peludo, por meio de gestos e toques;
- permita que ele explore e aprimore o faro, incentivando o uso desse sentido como forma de estabelecer sua localização espacial;
- durante os passeios, mantenha-o mais próximo por meio da coleira e inclua uma etiqueta com a informação “surdo”;
- quando encontrar outras pessoas ou amigos caninos pelo caminho, permita que ele se aproxime e fareje;
- seja sempre paciente, gentil e não economize nos carinhos para que ele saiba que é aceito e se sinta seguro ao seu lado.
Por fim, mas não menos importante, o ideal é que você busque o suporte especializado de um profissional de adestramento para treinar o seu amiguinho de quatro patas. Aposte em exercícios frequentes, invista em novos aprendizados e utilize muitas recompensas para incentivá-lo.
Dessa forma você vai perceber que, em pouco tempo, o seu pet já vai estar mais acostumado com a situação, vai se sentir confortável e confiante, e poderá seguir com a sua vidinha de forma plena, feliz e saudável, utilizando com sucesso os seus outros sentidos!
Mas não se esqueça: mesmo após o adestramento e toda a fase de adaptação, não deixe de levá-lo com frequência ao veterinário para que ele acompanhe a evolução do peludo e possa contribuir com o seu bem-estar e com a sua qualidade de vida, evitando que outros problemas possam surgir.
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