Para quem é apaixonado por seus amigos peludos, é muito difícil imaginar como alguém seria capaz de abandonar um serzinho tão cheio de amor e fofura — nós, inclusive não entendemos como isso é possível. No entanto, a verdade é que situações como essa acontecem com mais frequência do que pensamos.
Neste conteúdo, vamos listar alguns dos principais motivos alegados pelos tutores para “desistirem” de seus pets, falar sobre os efeitos que essa situação de abandono pode trazer aos peludos e, para finalizar, vamos destacar a importância de dar um lar para um animalzinho e os pontos que devem ser analisados antes de tomar essa decisão.
Confira e fique bem informado!
Por que tantos bichinhos ainda são abandonados?
De acordo com a ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais, no início de 2020, foram contabilizados no Brasil mais de 4 milhões de animais abandonados em situação de rua ou em ONGs à espera de adoção.
Mesmo que o ato de abandonar os pets em locais públicos seja um crime previsto na legislação, podendo resultar em multa e até na prisão dos culpados, muita gente ainda opta por essa decisão. Outros tutores, ainda, entregam seus bichinhos de estimação ao Centro de Controle de Zoonoses de suas cidades ou para instituições especializadas.
Aqui, a dúvida que surge é: por que tantos animaizinhos são deixados à própria sorte por seus donos? A seguir, listamos alguns dos motivos mais citados:
- rejeição às ninhadas e à presença de novos filhotinhos na casa;
- alergia de membros da família à pelagem dos pets;
- viagens ou mudanças de residência;
- crescimento do animal além do esperado;
- fatores econômicos (aumento dos gastos da casa, por exemplo);
- dificuldades de convívio entre o pet e seus tutores;
- nascimento de um filho;
- internação ou morte do proprietário (nesses casos, muitas vezes a família se recusa a ficar com o animal).
Quais as mudanças observadas no comportamento de animais abandonados?
Imagine só ganhar uma família nova, uma casa confortável, uma cama quentinha e, do dia para a noite perder tudo isso. É triste só de imaginar, não é mesmo? Mas, como apontamos no início deste conteúdo, é a difícil realidade de muitos cães e gatinhos no Brasil.
Ainda que muitos dos pets em situação de rua sejam acolhidos por ONGs e outras instituições focadas no bem-estar animal, a vivência de um abandono — muitas vezes seguida por episódios de maus tratos — traz alterações comportamentais bastante negativas para os animais.
Em muitos casos, é possível observar uma postura arredia e agressiva, como se o animalzinho estivesse em constante estado de alerta para se defender de algum perigo. Outros pets, porém, apresentam grande tristeza e medo dos humanos, sentimentos que podem ser representados por um andar cabisbaixo, inapetência, tremores corporais ou mesmo choro.
Mas, como ajudar os peludos que passam por essas situações? A melhor solução para que um animalzinho que foi abandonado possa recuperar a confiança e a alegria de viver é encontrar uma nova família que possa enchê-lo de mimos e muito carinho!
No próximo tópico, vamos falar um pouco mais sobre o assunto, destacando a importância de adotar um bichinho e os cuidados necessários para que essa experiência seja positiva.
Por que adotar é importante e que cuidados tomar antes de levar seu novo amigo para casa?
Como apontamos no tópico anterior, a oportunidade de ter uma família e um novo lar repleto de cuidados é o melhor remédio para um cãozinho ou um felino que já foi abandonado. Para os humanos, a presença de um animal de estimação pode trazer benefícios que vão da redução do estresse à melhora nos quadros de depressão e outras enfermidades psicoemocionais.
No entanto, para que essa relação dentro de casa seja bem-sucedida, é importante levar algumas questões em consideração antes de adotar o seu bichinho. A seguir, vamos fazer uma lista completa desses pontos.
Em primeiro lugar, saber informações sobre qual é o porte do animal, sua faixa etária, se é macho ou fêmea, bem como histórico de saúde (quando for possível), é extremamente importante para saber se o pet “cabe” ou não no seu estilo de vida.
A seguir, avalie o espaço disponível em sua casa, para garantir que o novo morador tenha um espaço confortável, e estude bem a sua rotina para reservar o tempo necessário para cuidar do pet sem estresse. Além disso:
- converse com a sua família para que todos tenham consciência das responsabilidades para criar um animal de estimação;
- agende uma visita ao veterinário para verificar o real estado de saúde do animal e realizar o processo de castração, evitando assim as ninhadas não desejadas;
- prepare seu orçamento para os gastos com ração, consultas, vacinas e compra de casinhas, camas aconchegantes, roupinhas, cobertores, brinquedos e outros itens que assegurem o conforto e o bem-estar do seu novo amigo;
- ensine os comandos básicos de adestramento — principalmente no caso dos cães — e, se necessário, entre em contato com um profissional da área para realizar essa atividade;
- não se esqueça de cuidados importantes como dar banho, escovar os dentes e os pelos;
- ao planejar viagens, se não puder levar seu pet, pense em locais para deixá-lo com todo o cuidado e segurança;
- abra espaço na sua programação para uma rotina frequente de passeios que, além de combater o tédio, ainda evita problemas como a obesidade animal.
Por fim, não economize no carinho e na atenção! E, de preferência, adote seu pet em abrigos públicos ou outras organizações especializadas. Assim, além de dar um show de cidadania, sua adoção responsável ainda pode trazer muitos benefícios para a sua família e para seu novo amigo de quatro patas!
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