É isso mesmo; você não leu errado a primeira palavra do título do nosso conteúdo. Embora pareça até coisa de cinema ou ideia de desenho animado, a verdade é que muitos pets pelo mundo afora têm sim uma profissão!
Mas não é um emprego convencional, como aqueles que os humanos frequentam todos os dias, com carteira assinada, férias, 13º salário ou os mais diferenciados benefícios oferecidos pelo universo corporativo. É algo de extrema importância e que ajuda muitos pacientes em seu processo de recuperação nas clínicas e hospitais.
Ficou curioso para saber mais sobre essa possibilidade de carreira canina? Então, continue a leitura e conheça mais sobre as habilidades e funções do cão terapeuta. Confira e fique bem informado!
Afinal, o que é um cão terapeuta?
Como o próprio nome da profissão já indica, o cão terapeuta é treinado especificamente para fazer parte de uma equipe de profissionais que prestam acompanhamento terapêutico em diversas esferas.
Dessa forma, os pets podem contribuir com processos de reabilitação física, emocional e psicológica, sendo uma importante ferramenta tanto para a motivação de pacientes quanto na própria realização das atividades propostas pelos médicos.
Nesse aspecto, podemos dividir a atuação dos nossos amigos peludos em duas categorias: TAA e AAA. A seguir, vamos falar um pouco mais sobre cada uma delas!
O que são as TAAs?
As terapias assistidas por animais, ou simplesmente TAAs, foram criadas pelos ingleses em 1792 para auxiliar o tratamento dos pacientes de uma instituição psiquiátrica na cidade de Londres.
Desde aquela época, já foi possível observar os benefícios que a convivência com os pets poderia trazer para a qualidade de vida dos assistidos em diferentes estágios de tratamento. Quando entram em cena durante as sessões, os cães terapeutas participam de atividades que ajudam a melhorar os sistemas cognitivo, sensorial, motor e de socialização.
E como funcionam as AAAs?
AAA é a sigla que corresponde às atividades assistidas por animais. Enquanto nas TAAs os cãezinhos participam de forma mais ativa do tratamento, auxiliando em atividades motoras e de socialização, nas AAAs os bichinhos têm a função primordial de proporcionar momentos de distração e entretenimento.
Assim, os pacientes recebem a visitas dos peludos durante aproximadamente uma hora e, durante esse período, interagem com os bichinhos brincando e fazendo carinhos, o que traz mudanças visíveis no ânimo e na motivação.
Qual é o perfil do animal terapeuta e como treinar os pets para que eles possam exercer essa função?
De modo geral, nossos AUmigos terapeutas têm um temperamento mais tranquilo, são bastante dóceis e obedecem aos comandos de seus tutores com mais facilidade. Na prática, isso significa que eles serão menos propensos a episódios de agressividade sem motivo, não vão pular ou latir exageradamente e se sentirão à vontade na companhia desses indivíduos sem que o seu dono esteja por perto o tempo todo.
É importante ter em mente, ainda, que cada segmento demanda uma espécie diferente de treinamento. Por isso, além de ensinar os principais comandos básicos (senta, deita, junto etc.), os adestramentos dos cães terapeutas podem apresentar determinadas peculiaridades dependendo do local de trabalho e da realidade dos pacientes atendidos — crianças, idosos, enfermos, entre outros.
Embora não exista uma idade mínima ou máxima para que um pet exerça o papel de cão terapeuta, é importante que o pet já tenha, pelo menos, completado o seu primeiro ano de vida. Dessa forma, ele já será um animal adulto, com seu porte e personalidade definidos, facilitando o processo de treinamento.
Será que os pets realmente gostam desse trabalho?
A resposta para essa pergunta é: sim! No ano de 2018, a National Geographic do Brasil publicou um artigo sobre o assunto e citou um estudo realizado pela revista internacional Applied Animal Behaviour Science com cachorros que atuavam em enfermarias de atendimento a crianças com câncer.
Após observar as reações de diversos peludos em diferentes situações — tanto dentro de casa quanto no ambiente hospitalar —, foi possível coletar respostas altamente positivas que demonstravam não só ausência do estresse nas atividades, mas também sinais que indicavam bem-estar e felicidade.
Todo esse amor pelo trabalho também é muito importante para os cuidadores de modo geral, que podem estabelecer atividades que sejam capazes de atender às necessidades dos pacientes sem deixar de despertar o interesse dos cães, preservando a tranquilidade e a ludicidade da interação entre humanos e pets.
Certo. Mas por que essa interação é, de fato, tão importante?
Se você é como a gente e é apaixonado por nossos AUmigos peludos repletos de amor e fofura, já sabe o quanto a convivência com esses serzinhos é capaz de melhorar até mesmo os dias mais difíceis.
Pois bem, essa dinâmica também vale quando a questão em jogo é a saúde e qualidade de vida de indivíduos que estejam passando por tratamentos diversos, sejam eles de origem física ou psicoemocional.
Tendo em mente que os nossos cãopanheirinhos têm uma alta capacidade de conexão emocional com os seres humanos, é possível assegurar que a presença de um pet dentro de ambientes clínicos e hospitalares é capaz de melhorar o astral do local, reduzindo o índice de estresse e encorajando atitudes mais positivas.
Por fim, além de valorizar todo o talento dos cães terapeutas, não podemos nos esquecer de destacar também o papel dos tutores que acreditam no potencial dos seus peludos e investem nos treinamentos adequados para que eles possam contribuir com a saúde física e emocional de outras pessoas. Parabéns por esse trabalho tão lindo e admirável!
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